Hoje fui à uma entrevista de emprego e num determinado momento fui dirigido à uma sala com várias carteiras – do tipo sala de aula –, para fazer um teste de inglês e uma redação.
Nesta sala, havia outra pessoa, um homem com aparência de uns 40 anos que estava por lá também fazendo algum tipo de teste/redação, para determinada vaga que me pareceu ser de chefia/gerência.
Iniciei meu este e em seguida ouvi uns ruídos. Olhei para trás e o tal do homem me fez uma pergunta: “ERAM é com M ou Ã-O ?”. Respondi a pergunta e segui com meu teste.
Porém, num determinado momento, parei e fiquei refletindo sobre a tal pergunta.
Assim como ele, todas as pessoas muitas vezes já ficaram em dúvida de como escrever alguma palavra gramaticalmente certa. Entretanto, existem alguns limites entre a dúvida e a ignorância.
Não posso garantir que o tal homem simplesmente teve um branco e/ou se confundiu no momento. Mas também não posso dispensar a idéia de que tudo não passou de pura ignorância.
Sou uma pessoa que exige muito que as pessoas falem e escrevam de uma maneira correta, com exceção de gírias. Muitas vezes me pego corrigindo as pessoas sobre como disseram ou escreveram algo. Boa parte destas pessoas insiste no erro. E eu, acabo sendo inúmeras vezes, chato por corrigi-las repetidamente.
Não digo que sou o dono da verdade e muito menos o Professor Pasquale. Pelo contrário. Mas as pessoas que mais me indigno de falarem errado, são pessoas que tiveram instrução nos melhores colégios e universidades, além de pertencerem a famílias de tradição.
Quanto às outras pessoas, o que me indigna não são por estas falarem errado. Mas pelas pessoas que a ensinaram errado – pais, amigos e um bocado de professores das nossas escolas públicas e não excluídas, escolas particulares.
De quem é a culpa de erros absurdos que vemos por aí? Governo, Pais, Amigos ou simplesmente Auto-ignorância?
Não sei se um dia teremos um nível razoável de Educação em nosso país. Com a chegada das Eleições, é uma boa hora para refletirmos sobre o tema e pensarmos nos candidatos que iremos eleger. É também hora de verificar em casa - filhos, sobrinhos, parentes - o nível de educação e de alguma maneira, nos corrigir para que nossos erros não sejam passados à diante.
Fotos retiradas do site Kibeloco.
Parabéns pelo texto, muito interessante!
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